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Tem uma banda, chama craft spells, q tem uma música com o título de "komorebi", onde a letra conversa muito com o seu texto. Vale a pena conferir.

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Nossa, não acredito que outro brasileiro escuta essa banda! Eu adorava muito esse som uns anos atrás – agora faz tempo que não escuto –, e não tinha reconhecido a palavra como o nome de uma música do Nausea. Obrigada por isso.

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Faz tempo que não ouço eles tbm haha mas são incríveis. Obrigado pelo texto, me contemplou em muitos aspectos. Força pra gente!

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Sep 17Liked by Carol Bensimon

Que lindeza de reflexão! Olha como “Dias Perfeitos” rendeu. Eu adorei o podcast do MUBI com o Wim Wenders (alias, ele mora no bairro vizinho ao meu e um dia, no meio da pandemia, eu o vi na rua). Btw, eu amei essa afirmação “as pessoas que você gosta na vida real mas que nas redes sociais são insuportáveis”. Me deu um alívio porque, oh, God!

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Adorei que você deu essa dica do podcast do MUBI! Separei aqui, só ainda não consegui ouvir. E SIM, a coisa da persona virtual é brabo. Medo de ser uma dessas no Instagram hahaha.

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Dias perfeitos me tirou do eixo. Baita texto, Carol.

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obrigada, Daniel!

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desconfio que as gerações mais jovens - que já cresceram com smartphones em mãos - não experimentaram o tédio como nós, aquelas tardes intermináveis. aceleramos tanto o tempo que o que eles sentem agora é uma agonia de estar perdendo alguma coisa importante a cada segundo, uma angústia, uma ansiedade. acho que a natureza entra um pouco nesse pacote: o tempo dela é outro, lento, definido, preciso. não tem velocidade 2x, pular 10 segundos...

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É isso aí. Lendo teu comentário, me ocorre que o problema é justamente esse: a diferença entre a nossa noção de tempo e o tempo da natureza ficou imenso demais.

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Ontem ouvi uma aula/resenha sobre o livro "Nação dopamina", e o cérebro deles (até o nosso, que também entrou nessa onda, embora ainda tenha lembranças do tempo em que não estávamos hiperconectados) está tão habituado àquelas doses de dopamina, que busca sempre mais, pra equilibrar - é que, quando detecta o excesso, o cérebro vai lá e derruba o nível lá pra baixo, nessa tentativa de chegar ao equilíbrio, e vira um círculo vicioso. Bem louco. Esse trecho aqui tá fantástico, porque os excessos relacionados à comida definitivamente fazem o mesmo que os excessos digitais: "Aquele tempo no Instagram em que parece que você comeu um pacote inteiro da coisa mais cheia de conservantes e corantes e aromatizantes e que nem gostosa era, e agora lide com isso, se contorcendo de arrependimento e queimação no estômago."

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Sep 17Liked by Carol Bensimon

Tem um documentário chamado “Moriyama-san” produzido por Bêka and Lemoine em 2016 que muitos alegam ter sido a inspiração pra criação do Hirayama de Wenders. Se é verdade ou não, não sei. Mas o fato é que as semelhanças são grandes mesmo!

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Olha, não sabia disso! Vou atrás.

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Sep 17Liked by Carol Bensimon

Nossa, eu falei sobre essa “lentidão” dos anos 90 esse final de semana com meu marido. Ouvi uma música que eu adoro e lembrei que a primeira vez que eu escutei, eu não tinha a opção de escutar de novo. Tinha que esperar tocar na rádio. Engraçado que isso não me causava ansiedade. Hoje em dia saber que uma banda que eu gosto lançou um novo álbum e eu ainda não consegui ouvir todo, me causa ansiedade

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A gente nem conhecia essa palavra "ansiedade".

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Lindo texto! Nosso exílio no smartphone é insuportável. O antropoceno é a nossa extinção. Dias perfeitos nos convida a prestar atenção à vida perfeita que já está aqui bem pertinho. Abraço.

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disse tudo, exílio no smartphone...

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bonito demais te ler, querida!

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Sep 18Liked by Carol Bensimon

meu filme preferido até o momento. aquele encantamento que ele sente contemplando a natureza é muito bonito. a simplicidade que ele leva a vida parece uma reza diária que ele faz…

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🍒🍂🌱🐚🦋🌸

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Sep 17Liked by Carol Bensimon

Essa ansiedade climática e a busca por uma conexão com a natureza são nosso zeitgeist. Traduziu lindamente uma angústia que motivou minha pesquisa de doutorado

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Qual foi exatamente o tema da pesquisa, Leonardo?

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Sep 18Liked by Carol Bensimon

Trabalhei com educação climática em museus - propostas para um letramento climático na educação não formal

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Sep 17·edited Sep 17Liked by Carol Bensimon

Ah, Carol, é muito sobre isso! Todavida que morei em SP sentia uma falta que achava que era da família e amigos, mas que também era de ter natureza em volta, não como cenário mas como personagem. Meu coração queima junto com meu cerrado e dá pra sentir a dor de Gaia. Obrigada por escrever um pouco sobre o que eu não consigo neste momento.

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Um abraço apertado daqui <3

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Quando li "O tempo de não ter o que fazer" lembrei de uma bonita canção do Marcos Valle. Um trecho de "Capitão de Indústria" diz: "Eu às vezes fico a pensar/ Em outra vida ou lugar/ Estou cansado demais/ Eu não tenho tempo de ter/ O tempo livre de ser/ De nada ter que fazer".

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Excelente ... todo o texto ... este parágrafo ... marca muito bem o assunto ...Mas uma coisa eu sei, ou numa coisa acredito: é difícil esperar que as pessoas se preocupem com a natureza quando a natureza é uma abstração. Quando você mora em uma cidade como São Paulo, e a natureza só chega mesmo em forma de fumaça e falta de ar ......

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Sep 17Liked by Carol Bensimon

Estou com 87 anos e compreendo bem o sentido de toda a sua colocação .. e o final o dialogo do filme nota 100 ...abraços ,amor , luz e sucesso e vida longa ...

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Obrigada, José! Abraço para você

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Crianças são a natureza 😉

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Que maravilha de texto, Carol!

Moro aqui no Rosa, em SC, quase Garopaba...

Atrás de casa tem um condomínio embargado há anos...ali tem uma trilha com um córrego d'água e muitas árvores nativas. No início do ano abandonaram uns filhotes de cachorro por ali. Eles acabaram entrando no nosso pátio e um deles ficou (e se aquerenciou com os outros cinco que já estavam por aqui...)

Essa Patota Canina vai comigo caminhar na trilha e o filhote (que já é um monstro) se joga no córrego e sai nadando e depois se sacode todo e joga água em todo mundo... Os outros cães correm para o nada, tropeçam, caem e se levantam e depois correm de novo sem saber porquê. Depois voltam, comem, se deitam e dormem, não importa a hora nem a "cama".

Eles têm dias perfeitos!

Um abraço, Guria...estou fazendo o teu curso e curtindo bastante!

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