uma casa nunca é só uma casa, é todo um projeto, uma identidade, um porto-seguro, uma referência a nortear a existência da gente, mesmo para quem - como eu - não acumula nada ou muito pouco.
"Quando você vai ficando mais velha, começa a perceber que escolhe suas batalhas – ou é escolhida por elas. Infelizmente, não dá pra abraçar o mundo. Você também percebe que há certos ângulos, certos detalhes que o mobilizam bastante, e outros menos. De novo: a existência é muito enorme para que você consiga abarcar tudo, refletir sobre tudo, se envolver com tudo. Para mim, a cultura material, que é um termo horroroso para falar das coisas que amamos, é uma delas."
Me identifiquei demais neste trecho em especial, mais a frase "Parece que só no desastre aprendemos nossa própria geografia." que é excelente.
Essa news me gerou muitas identificações. Sou uma acumuladora. Chorei com tantos livros perdidos, imagina poemas do marido! Amei a frase sobre nossa geografia e o estranho fato de que são "reconstruídas exatamente no mesmo lugar." e o quanto isso fala do nosso apego, mas também de memórias que não seriam esquecidas de qualquer forma...
Gostei muito do seu texto. Sua forma de meditar sobre as coisas que perdemos, sobre as causas, no mais das vezes involuntárias, dessas perdas. Parabéns
Curiosa pra ver onde essa tragédia vai nos levar. Por enquanto o mar de solidariedade parece consolar os habitantes, afetados diretamente ou não, mas temo que os gestores responsáveis sigam no mesmo projeto sorrateiro.
Infelizmente, para quem vive na cidade berço do ambientalismo brasileiro, acompanha os ensinamentos de Lutzenberger e a luta da Agapan, além dos relatórios do IPCC, não é difícil compreender que Porto Alegre esteja neste cenário catastrófico. Em 2022, o reconhecido cientista brasileiro Carlos Nobre disse que se o clima da Terra esquentar 3ºC [na média mundial], "onde hoje há o Guaíba, haverá um oceano". Estamos a 1,5ºC ... e emitindo CO²e.
uma casa nunca é só uma casa, é todo um projeto, uma identidade, um porto-seguro, uma referência a nortear a existência da gente, mesmo para quem - como eu - não acumula nada ou muito pouco.
fiquei sem palavras, mas cheia de sentimentos. agradeço, carol :-) <3
<3 obrigada pela leitura
Já imaginei um pequeno baú na sua casa com o valete de paus e essa pedra. O que mais poderia caber nesse baú? 🌝
hahahaha. Só coisa esquisita.
"Quando você vai ficando mais velha, começa a perceber que escolhe suas batalhas – ou é escolhida por elas. Infelizmente, não dá pra abraçar o mundo. Você também percebe que há certos ângulos, certos detalhes que o mobilizam bastante, e outros menos. De novo: a existência é muito enorme para que você consiga abarcar tudo, refletir sobre tudo, se envolver com tudo. Para mim, a cultura material, que é um termo horroroso para falar das coisas que amamos, é uma delas."
Me identifiquei demais neste trecho em especial, mais a frase "Parece que só no desastre aprendemos nossa própria geografia." que é excelente.
Muito obrigado pelo texto, Carol!
Sempre às ordens! ;)
Essa news me gerou muitas identificações. Sou uma acumuladora. Chorei com tantos livros perdidos, imagina poemas do marido! Amei a frase sobre nossa geografia e o estranho fato de que são "reconstruídas exatamente no mesmo lugar." e o quanto isso fala do nosso apego, mas também de memórias que não seriam esquecidas de qualquer forma...
Obrigada, Andressa! Eu luto para não ser acumuladora, mas os livros sempre me vencem, heheheh :)
Gostei muito do seu texto. Sua forma de meditar sobre as coisas que perdemos, sobre as causas, no mais das vezes involuntárias, dessas perdas. Parabéns
Tudo junto ao mesmo tempo e agora. Já faz um mês e o alívio ainda não veio. Abraço gigante, Carol. 🌹
Texto, ótimo fluido claro objetivo e sincero ... humano !!!!
Preciosa essa edição Fiquei pensando nessa pedra esculpida pelo fogo.
No mais, feliz que vc traduziu esse livro, não li e estou curiosa.
Curiosa pra ver onde essa tragédia vai nos levar. Por enquanto o mar de solidariedade parece consolar os habitantes, afetados diretamente ou não, mas temo que os gestores responsáveis sigam no mesmo projeto sorrateiro.
Infelizmente, para quem vive na cidade berço do ambientalismo brasileiro, acompanha os ensinamentos de Lutzenberger e a luta da Agapan, além dos relatórios do IPCC, não é difícil compreender que Porto Alegre esteja neste cenário catastrófico. Em 2022, o reconhecido cientista brasileiro Carlos Nobre disse que se o clima da Terra esquentar 3ºC [na média mundial], "onde hoje há o Guaíba, haverá um oceano". Estamos a 1,5ºC ... e emitindo CO²e.